Takahiro Shiraishi
Quem era Takahiro Shiraishi?
Takahiro Shiraishi era um jovem japonês nascido em 1990, na cidade de Zama, na província de Kanagawa, Japão. Descrito por conhecidos como “quieto”, ele teve uma adolescência aparentemente comum, mas marcada por problemas psicológicos e isolamento. Antes dos crimes, Shiraishi trabalhou brevemente como recrutador em clubes de sexo no distrito de Kabukicho, Tóquio. Essa experiência parece ter influenciado sua frieza e conhecimento sobre como manipular pessoas vulneráveis — especialmente mulheres.
Na internet, ele ficou conhecido como o “Assassino do Twitter” por utilizar essa rede social (hoje chamada X) para atrair vítimas — quase sempre jovens em situação emocional frágil, com tendências suicidas.
Como ele encontrava as vítimas
Entre agosto e outubro de 2017, Shiraishi usava o Twitter para buscar usuários que falavam abertamente sobre tirar a própria vida. Ele se apresentava como alguém que:
Tinha empatia por quem queria morrer,
Oferecia companhia para o “suicídio conjunto”,
Ou até mesmo se propunha a “ajudar” a pessoa a morrer.
Algumas vítimas foram convencidas a encontrá-lo em sua casa sob promessas de apoio, abrigo, ou pacto de morte mútua. Mas, em vez disso, eram assassinadas.
Quem foram as vítimas
No total, ele matou nove pessoas em apenas dois meses:
Oito mulheres com idades entre 15 e 26 anos
Um homem, namorado de uma das vítimas, que foi assassinado após confrontar Shiraishi
Essas pessoas estavam lidando com depressão profunda, pensamentos suicidas ou isolamento social — fatores que Shiraishi explorava. As vítimas moravam em várias partes do Japão e viajavam até Zama para encontrar com ele.
Como ele matava (Modus Operandi)
Depois de atrair as vítimas para seu apartamento, Shiraishi:
Oferecia bebidas alcoólicas ou sedativos para deixá-las vulneráveis.
As estrangulava com as próprias mãos ou com cordas.
Em muitos casos, cometia abuso sexual antes e/ou depois da morte.
Desmembrava os corpos no banheiro de seu pequeno apartamento.
Era um método cruel, metódico e repetido diversas vezes.
O que ele fazia com os corpos
Após os assassinatos, Shiraishi escondia os restos mortais das vítimas da seguinte forma:
Cabeças e ossos eram guardados em caixas térmicas e recipientes plásticos,
Carne e órgãos eram descartados como lixo comum,
Usava areia de gato para controlar o mau cheiro.
No total, mais de 240 partes humanas foram encontradas em seu apartamento. Vizinhos já reclamavam do odor antes mesmo da polícia aparecer.
Como ele foi descoberto
A investigação começou quando o irmão de uma das vítimas rastreou as conversas dela no Twitter. Ele descobriu a conta de Shiraishi e alertou as autoridades, que passaram a monitorar os contatos da jovem desaparecida.
Em 31 de outubro de 2017, a polícia foi até o apartamento de Shiraishi em Zama. Ao chegar, o próprio assassino admitiu:
“Ela está no freezer. E tem mais.”
Lá, encontraram os restos de nove pessoas. A polícia também apreendeu telefones, cordas, lâminas e outros objetos usados nos crimes.
Julgamento e sentença
O julgamento ocorreu em 2020 e causou comoção no Japão, onde crimes em massa são extremamente raros. A defesa tentou alegar que ele havia matado com consentimento das vítimas, alegando pacto suicida. Mas isso foi rejeitado, pois:
Nem todas as vítimas expressaram desejo de morrer,
E mesmo as que mencionaram suicídio, foram enganadas.
Em dezembro de 2020, Takahiro Shiraishi foi condenado à pena de morte por:
9 homicídios qualificados,
Estupro,
Ocultação e destruição de cadáveres.
Takashiro Shiraishi condenado a perna de morte (Google Imagens)
Ele não recorreu da decisão, e a pena foi confirmada em janeiro de 2021.
Execução
Em 27 de junho de 2025, Shiraishi foi enforcado na Tokyo Detention House, a prisão onde os condenados à morte no Japão aguardam execução.
Ele foi o primeiro prisioneiro executado no Japão desde 2022.
A execução foi autorizada pelo Ministro da Justiça, Keisuke Suzuki, que declarou que os crimes de Shiraishi eram “de uma crueldade sem precedentes e um choque para a sociedade japonesa”.
Curiosidades e impactos
O caso reacendeu debates sobre saúde mental no Japão, onde o suicídio é uma questão pública séria.
Também levantou questionamentos sobre o uso de redes sociais para crimes, especialmente o papel do Twitter na negligência com perfis potencialmente perigosos.
Tornou-se tema de diversos documentários, artigos e discussões sobre manipulação psicológica, punições criminais e a cultura do silêncio emocional no Japão.
Quem foi Takahiro Shiraishi?
Conhecido como o "Assassino do Twitter", Takahiro Shiraishi foi um serial killer japonês que matou nove pessoas em 2017, atraindo-as por meio de redes sociais.
Como ele escolhia as vítimas?
Ele procurava jovens com pensamentos suicidas no Twitter e se oferecia para morrer junto com elas ou "ajudar" no suicídio.
Quantas pessoas ele matou?
Nove pessoas — oito mulheres e um homem — entre agosto e outubro de 2017.
O que ele fazia com os corpos?
Após matar, ele desmembrava as vítimas, guardava partes em caixas térmicas com areia de gato, e descartava outras no lixo comum.
Qual foi a sentença?
Foi condenado à pena de morte em 2020 e executado por enforcamento em 27 de junho de 2025.
Por que esse caso chocou o Japão?
Pela brutalidade dos crimes, o uso de redes sociais para caçar vítimas e o silêncio emocional das vítimas, refletindo um problema social mais amplo.
| Data | Evento |
|---|---|
| Agosto de 2017 | Primeira vítima desaparece após conversar com Shiraishi no Twitter. |
| Agosto – Outubro de 2017 | Oito mulheres e um homem são assassinados em série no apartamento dele, em Zama. |
| 31 de Outubro de 2017 | Polícia encontra restos humanos de nove pessoas no apartamento de Shiraishi. |
| Dezembro de 2020 | Shiraishi é condenado à pena de morte. |
| 27 de Junho de 2025 | Executado por enforcamento na prisão de Tóquio. |
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